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domingo, abril 17, 2005



A crueza das palavras leves.


"Tudo que peço da vida é um punhado de livros, um punhado de sonhos e um punhado de vulvas".

::"Um artista está sempre sozinho, se é artista".
Henry Miller, Trópico de Câncer.

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Há mil palavras para designar o sexo feminino. Poderia enumerar tantas quanto os fabulosos dicionários que circulam pela net e pelas estantes mágicas das bibliotecas secretas.

Mas não vou escrever nenhuma.
Vou deixar que tu inventes uma palavra para mim.
Que a escrevas com o teu sémen nas minhas costas
e que a digas dentro do meu olhar…

enquanto sentires o meu silêncio
gritado no espasmo final do meu corpo


sexta-feira, abril 15, 2005



Sobre o erotismo


(…) O sexo perde todo o seu poder, toda a sua magia, quando se torna explícito, abusivo, quando se torna mecanicamente obcecante. Passa a ser enfadonho. É um erro é não lhe juntar a emoção, a fome, o desejo, a luxúria, os caprichos, as manias, os laços pessoais, relações mais profundas, que lhe mudam a cor, o perfume, os ritmos, a intensidade. A fonte da potência sexual é a curiosidade, é a paixão. O sexo não pode medrar na monotonia. Sem invenções, humores, sentimentos, não há surpresas na cama. O sexo deve ter à mistura lágrimas, riso, palavras, promessas, cenas, ciúme, inveja, todos os condimentos do medo, viagens ao estrangeiro, novas caras, romances, histórias, sonhos, fantasia, música, dança, ópio, vinho.
Anaïs Nin, in Delta de Vénus
1903 – 1977







E agora reinvento-me nas carícias que desenho no teu corpo.
Nua de palavras, branca de linho, despojada de joias, macia de seda.
E ofereço-me o teu prazer.
De olhos fechados.
Como quem nasce.