segunda-feira, outubro 31, 2005



Diálogos perversos. Conversas surrealistas


Ele – gosto de te ver assim bem disposta. (dás-me tesão com esse sorriso no olhar)
Ela – calhou… (apetece-me provocar-te hoje)
Ele – mas hoje, disparas ao mais pequeno sinal. (se eu pudesse, amava-te aqui já…)
Ela – eu disse-te um dia . não há nada mais deprimente que uma mulher mal fodida. (gosto de te dizer estas coisas, com ar de quem sabe tudo da vida…)
Ele – tenho de ir. (embora te deseje mais que tudo, mais que esta noite fresca de Outono) tenho um jantar de negócios. (mas és tu quem eu quero.. sabes isso, não sabes?)
Ela – vai, diverte-te. podias levar-me e eu ia vestida de negro de seda e a meio do jantar deixava cair o guardanapo. (sei que o teu imaginário começa a funcionar…o resto também...)
Ele - ??? (quero-te agora, já, fazer-te minha…)
Ela – e ia buscar o guardanapo debaixo da mesa.. e fazia-te um broche. Eles nem davam por nada. (… já não há lugar para fantasias.. tu e eu somos um).
Ele – só espero que não te enganasses no lugar…(se soubesses o quanto me dás tesão…)
Ela – mas ainda não me disseste qual é a tua fantasia mais perversa.. (vamos fazer de conta que conversamos…)
Ele – foder-te em plena Piazza San Pietro, durante um discuso do papa. Achas suficientemente perverso? ( o que lhe posso dizer mais sem a foder aqui já???)


Ela – acho que te amo. achas suficientemente perverso?
Ele – acho. por isso ainda tenho nas narinas o teu cheiro e nos meus dedos o sabor da tua pele.