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quarta-feira, novembro 16, 2005



Poema Implícito


Imagina um corpo banhado de lua desejoso do dia em que se torna pleno.

Toca um corpo salgado de mar ou lágrimas sedento da maré-cheia.

Acaricia um corpo feito de seda,
que traz com os búzios carícias sonhadas sussurrando baixinho gemendo na onda que beija a areia.

Mergulha na concha devoradora que te acolhe, sente o meu corpo em chamas ao teu toque suave.

E eu… seguro o teu mastro a pino;
sou a tua vela que se enrola e desenrola transformada em língua da minha cor do desejo.

No silêncio dos mar de espuma.

Nos lençóis alvos ainda oiço-me no meu silêncio, iço-me no teu corpo em auge.

Navego-te, montando a tua aventura
Fecho os meus olhos de espanto
Sabe-me a boca à tua aventura por outros mares
Desejo o meu final no teu, em fugaz e efémera união.

E recebo o teu espanto no meu peito, sou o teu orgasmo, a tua espuma...
os lençóis são o meu oceano
coloridos agora de memórias de paixão.