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sábado, dezembro 03, 2005



Em silêncio (hoje...)






Nas noites de segredos
Acaricio os recantos secretos do meu corpo
Nomeio–os enquanto os meus dedos navegam:
seios, ventre, coxas, sexo
E partilho os meus gemidos com o silêncio da noite

sufoco o grito depois do orgasmo
sufoco o grito porque não me quero ouvir
sufoco o urro do prazer que me ofereço


guardo a explosão dos espasmos
para o dia em que estarei viva contigo
hoje sou uma estátua de mármore.

Toca-me!

A lisura da pele das estátuas
é igual à violência da cor do meu desejo.